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A importância do pequeno varejo

É comum que o varejo seja comparado às grandes redes de supermercado ou lojas tradicionais de shopping, que de fato representam uma boa parte do mercado varejista. No entanto, o pequeno varejo tem surgido como uma alternativa para quem busca produtos diferenciados, únicos e personalizados.

Não só isso, mas lojas regionais têm encontrado maneiras de sobreviver à concorrência dos grandes e trazer diferenciais bem vantajosos aos consumidores. Entre essas lojas que compõem o pequeno varejo no Brasil, estão lojas do interior, de médias cidades, e que entendem melhor o comportamento do interiorano.

Além disso, é preciso entender também que, apesar da fatia bem grande do grande varejo, o Brasil é um país que funciona economicamente através das micro e pequenas empresas. De acordo com , feita em 2011, as micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no Comércio no Brasil.

O setor já responde por 53,4% do PIB do setor comercial. Individualmente uma loja pequena emprega pouco, no entanto, em quantidade geral de estabelecimentos pequenos, o setor acaba compensando e emprega boa parte dos brasileiros. Segundo a pesquisa, os pequenos negócios também empregam 52% da mão de obra formal no Brasil.

É praticamente impossível ignorar que os pequenos possuem grande consequência no cotidiano do brasileiro e por isso deve ser tratado com mais cuidado, de forma intensiva e específica, afinal, o pequeno varejo é diferente das grandes redes.

Quem faz parte do pequeno varejo?

Já explicamos em outro texto os conceitos de varejo e suas divisões, mas sempre bom relembrar algumas informações. O pequeno varejo também é bem amplo e diversificado. Ao contrário do senso comum, há supermercados e pequenas mercearias que estão inseridas no grupo do pequeno varejo.

Mas além desses supermercados únicos e de bairro, há uma outra área bem impactante no pequeno varejo. É uma área formada pelas lojas especializadas, que vendem um tipo de item só, mas são muito bom nisso.

Como exemplos são melhores para explicar, imaginem uma loja comercial que apenas vende doces artesanais, uma sorveteria, ou mesmo uma loja que vende apenas artigos colecionáveis da cultura pop. Nesse caso também entram lojas de bairro que vendem papelaria, artigos esportivos de um esporte só, entre outros casos.

Dificuldades e oportunidades

Assim como qualquer outro setor, o pequeno varejo têm problemas e oportunidades específicas, e é importante que o pequeno empreendedor tenha entendimento dessas situações todas para manter o negócio sustentável.

De acordo com Ricardo Pastore, professor da ESPM no campo de marketing e varejo, até mesmo o grande varejo pode usufruir dos pequenos e dar oportunidades a eles. O pequeno varejo pode ser um canal estratégico de grandes fabricantes, que também podem distribuir em grandes franquias.

No entanto, o pequeno varejo patina quando o assunto é gestão. Pastore explica que a dificuldade do pequeno comerciante é se especializar no trade marketing e aumentar o conhecimento técnico. Isso ocorre principalmente pela pouca mão de obra disponível para separar melhor os setores responsáveis.

A estratégia do comerciante é tentar se manter vivo, e acaba ficando frágil por não ter tantos planejamentos de médio e longo prazo. É uma forma de grandes fabricantes terem desconfianças na hora de investir, pois eles não sabem até quando a loja estará aberta.

No entanto, essa onda tem sido entendida atualmente, principalmente quando falamos do uso do mundo digital para impulsionar as vendas e criar novas oportunidades. Cursos digitais, plataformas com tutoriais, entre outros aprendizados tem sido cada vez mais usufruídos por comerciantes iniciantes e pequenos que querem melhorar seu negócio.

Por isso conhecimentos como marketing digital, trade marketing para e-commerce, assim como ferramentas de mensuração de dados disponibilizadas pelo setor de Business Intelligence estão crescendo em todo o país.

“A aquisição de maiores conhecimentos e, conseqüentemente, melhores resultados a partir de introdução de novas práticas de gestão varejista faz a parceria progredir e a fidelidade aumentar”, explica o professor Pastore.

Mas não é apenas a Internet que está sendo o diferencial. As parcerias entre grande varejo, pequeno varejo e instituições de ensino também não devem ser descartadas. Instituições como o SEBRAE ou FIESP têm tido certos avanços para especializar o pequeno varejo e dar mais condição do pequeno se manter e crescer.

O pequeno comerciante precisa entender que é uma necessidade buscar transformações e melhorias, pois são formas de conquistar a confiança do consumidor.

Diferencial no pequeno varejo

Ao contrário do grande varejo, que acaba atendendo grupos de massa e tem dificuldades de ter um atendimento personalizado e fidelizar o consumidor, o pequeno varejo leva a melhor para se aproximar do shopper e do consumidor de fato.

Entre os diferenciais mais importantes estão:

  • 1. Atendimento
  • 2. Localização
  • 3. Atuação em rede

Focando nessas três armas o pequeno varejo pode agradar muito mais seus clientes. O pequeno acaba ganhando no atendimento pois tem o poder de conhecer seus clientes pelo nome e os atender pessoalmente, se necessário.

Essas pequenas diferenças trazem o consumidor para mais perto e é mais fácil entender quais decisões são necessárias para fidelizá-lo. Lembrando que muitos shoppers decidem a compra estando no PDV, então o pequeno varejo se aproveita mais dessa tomada de decisão para agradar comprador de formas que o grande varejo não alcança.

Outra questão importante é que o grande varejo vive uma realidade em que há rotatividade grande de profissionais. A cada 3 meses a equipe de vendedores, promotores e atendentes mudam. Criar vínculo a partir disso é muito difícil. O pequeno varejo costuma ter mais estabilidade.

Se tratando de localidade, o pequeno varejo pode atender melhor a região do que uma grande franquia que está localizada apenas no centro comercial da cidade. Apesar disso estar mudando, pois as grandes franquias estão criando redes menores e de bairro, o preço do pequeno varejo pode ser mais tentador.

O trade marketing para o pequeno varejo

Agências de trade marketing, assim como o pequeno varejo deve ter um controle organizacional dos produtos, realizando assim um planejamento de vendas de acordo com os conhecimentos do trade. Auxiliar o pequeno é fazer com que o gerenciamento dos produtos e da loja em si seja um caminho possível para que o negócio prospere e se mantenha sem tantas dores de cabeça.

Ainda de acordo com o professora da ESPM, Pastore, a “implantação de estruturas de Trade Marketing torna-se cada vez maior pois significa estruturar as atividades focadas no canal, sob o ponto de vista estratégico e operacional.”

O pequeno varejo não pode ignorar o relacionamento com distribuidores e fabricantes, e normalmente estratégias focadas nesse relacionamento vão melhorar exponencialmente as vendas também, beneficiando o shopper no fim das contas.

É importante lembrar que existe concorrência em praticamente todas as indústrias. Não é porque o pequeno varejo tem mais acesso ao consumidor e fidelização que ele deve deixar as estratégias de lado. A atualização novamente se faz necessário aqui, e o trade marketing vai ajudar bastante nesse ponto.

A atuação é para que o pequeno varejo entenda o relacionamento entre indústria (fabricante) e sua loja, e a loja com o consumidor. É possível também que o pequeno varejo trabalha com uma marca própria, mesmo que pequena, então as estratégias precisam estar ainda mais afiadas.

As dicas te ajudaram? Manda uma mensagem de contato para a gente para saber se o planejamento está tão encorpado quanto pensa!

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